#Tratamento

AVC

AVC é a sigla para Acidente Vascular Cerebral, também conhecido popularmente como “derrame”.

Existem dois principais tipos de AVC:

  • AVC Isquêmico: É o tipo mais comum de AVC e ocorre quando um vaso sanguíneo que alimenta o cérebro é bloqueado por um coágulo de sangue, resultando na falta de oxigênio e nutrientes para as células cerebrais.
  • AVC Hemorrágico: Ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe ou “vaza” sangue no tecido cerebral ou próximo a ele. Isso pode ser causado por condições como hipertensão arterial (pressão alta), aneurismas ou malformações vasculares.

Tipos de AVC: Isquêmico e hemorrágico

Os sintomas de um AVC podem incluir:

  • Fraqueza ou dormência súbita no rosto, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo.
  • Confusão súbita, dificuldade para falar ou compreender.
  • Dificuldade súbita para andar, tontura, perda de equilíbrio ou coordenação.
  • Dor de cabeça súbita e intensa sem causa conhecida.

 

É fundamental reconhecer os sinais de um AVC e procurar ajuda médica imediatamente, pois o tratamento precoce pode fazer uma grande diferença no resultado e na recuperação do paciente.

 

Sintomas de AVC

Como proceder no atendimento do AVC:

 

  • Chame o Serviço de Emergência (SAMU, 192): Se suspeitar de um AVC, é crucial buscar ajuda médica imediatamente.

 

  • Não dê comida, líquidos ou medicamentos: Pode ser necessário fazer uma intervenção cirúrgica ou outros procedimentos médicos, e esses podem ser contraindicados.

 

  • Monitore os Sinais Vitais: Mantenha a pessoa em uma posição confortável e observe sinais vitais como respiração, pulso e pressão arterial.

 

  • Fique Atento aos Sintomas: Note o horário em que os sintomas começaram, pois isso pode influenciar as opções de tratamento.

 

  • Não mova a pessoa, a menos que seja necessário: Em alguns casos, é melhor manter a pessoa em uma posição estável até que a ajuda médica chegue.

 

  • Prepare-se para Informar ao Médico: Se possível, colete informações sobre os sintomas, histórico médico e medicamentos que a pessoa está tomando para compartilhar com os profissionais de saúde.

 

  • Transporte Imediato para o Hospital: O tempo é essencial no tratamento do AVC. Quanto mais rápido a pessoa receber tratamento, melhores serão as chances de recuperação.

Sinais de alerta para o AVC

O tratamento precoce de um AVC pode incluir medicação para dissolver coágulos (se for um AVC isquêmico) ou cirurgia para aliviar a pressão no cérebro (se for um AVC hemorrágico). A reabilitação após um AVC também é crucial para ajudar a pessoa a recuperar habilidades perdidas e melhorar a qualidade de vida.

A prevenção é fundamental, e manter um estilo de vida saudável, controlar fatores de risco como hipertensão, diabetes e colesterol alto, e fazer exames médicos regulares pode ajudar a reduzir o risco de AVC.

Fatores de risco para AVC:

 

  • Pressão arterial elevada: Esta é uma das principais causas de AVC.

 

  • Tabagismo: O tabagismo danifica os vasos sanguíneos e aumenta o risco de formação de coágulos.

 

  • Diabetes: Pessoas com diabetes têm um risco aumentado de desenvolver doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais.

 

  • Níveis elevados de colesterol: O colesterol alto pode levar ao estreitamento e endurecimento das artérias (aterosclerose), aumentando o risco de AVC.

 

  • Obesidade: O excesso de peso pode contribuir para outros fatores de risco, como pressão arterial alta e diabetes.

 

  • Sedentarismo: A falta de atividade física regular aumenta o risco de AVC.

 

  • Consumo excessivo de álcool: O consumo excessivo de álcool pode aumentar a pressão arterial e o risco de AVC.

 

  • Fibrilação atrial: Uma arritmia cardíaca que pode causar a formação de coágulos no coração, que podem viajar para o cérebro e causar um AVC.

 

  • Idade avançada: O risco de AVC aumenta com a idade.

 

  • Histórico familiar: Se um membro da família teve um AVC, o risco pode ser maior.

 

  • Etnia: Pessoas de certas etnias têm um risco maior de AVC. Por exemplo, afro-americanos e hispânicos têm um risco maior em comparação com caucasianos.

 

  • Sexo: Os homens tendem a ter um risco ligeiramente maior de AVC do que as mulheres, embora as mulheres tenham um risco aumentado após a menopausa.

 

  • Doenças cardíacas: Doenças como doença cardíaca coronária, doença das válvulas cardíacas, cardiomiopatia e outros problemas cardíacos podem aumentar o risco de AVC.

 

 

Investigação das causas do AVC isquêmico

 

Quando o neurologista investiga as causas do AVC isquêmico, deve procurar a origem do coágulo que obstruiu o fluxo sanguíneo da artéria afetada.  Há 5 possíveis causas:

 

  • Cardioembólico: Quando o AVC isquêmico é causado por um coágulo que se formou no coração e se deslocou para o cérebro. Ocorre quando há doenças cardíacas como arritmias e lesões nas válvulas, por exemplo;

 

  • Grandes vasos: Ocorre quando há obstrução por placa de gordura (placa de ateroma) significativa (>50%) que pode diminuir o fluxo sanguíneo para o cérebro;

 

  • Pequenos vasos (lacunar): Ocorre quando há obstrução por placa de gordura (placa de ateroma) em arteríolas (pequenas artérias), frequentemente em áreas profundas do cérebro, geralmente associadas à hipertensão e ao diabetes;

 

  • Outras causas determinadas: Causas raras e específicas de AVC, como desordens hematológicas (trombofilias), vasculites, uso de drogas, entre outras;

 

  • Causas indeterminadas: Quando a causa do AVC não pode ser definitivamente determinada com as informações disponíveis.

Ao avaliar um paciente com AVC isquêmico, é essencial obter uma história clínica detalhada, realizar exames físicos e utilizar imagens cerebrais, como a tomografia computadorizada (TC) ou a ressonância magnética (RM), para ajudar no diagnóstico e a determinação da causa.

Reabilitação no AVC

 

A reabilitação após um acidente vascular cerebral (AVC) é um processo fundamental para ajudar os pacientes a recuperar as habilidades físicas, cognitivas e de comunicação que podem ter sido afetadas pelo evento. A reabilitação é uma abordagem multidisciplinar que envolve diversos profissionais de saúde, incluindo médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos e outros especialistas, conforme necessário.

Aqui estão alguns aspectos importantes da reabilitação pós-AVC:

  • Avaliação Inicial: Após um AVC, é crucial realizar uma avaliação abrangente para determinar as áreas afetadas e o nível de comprometimento. Isso ajudará a equipe de reabilitação a desenvolver um plano de tratamento personalizado para o paciente.

 

  • Fisioterapia: A fisioterapia é frequentemente necessária para ajudar os pacientes a melhorar a mobilidade, a força muscular e a coordenação. Os exercícios e técnicas utilizados podem variar dependendo das necessidades individuais do paciente.

 

  • Terapia Ocupacional: Os terapeutas ocupacionais trabalham com os pacientes para melhorar suas habilidades para realizar atividades diárias, como vestir-se, comer e tomar banho. Eles também podem fornecer orientação sobre adaptações e dispositivos auxiliares.

 

  • Fonoaudiologia: Se o AVC afetou a fala, a linguagem ou a deglutição, a intervenção de um fonoaudiólogo pode ser necessária. Eles podem ajudar os pacientes a melhorar a comunicação e a segurança ao engolir alimentos e líquidos.

 

  • Apoio Psicológico: A reabilitação após um AVC pode ser desafiadora emocionalmente para o paciente e seus familiares. Portanto, o apoio psicológico e aconselhamento podem ser componentes importantes do processo de reabilitação.

 

  • Medicação e Gestão de Outras Condições: Além da reabilitação física e cognitiva, é essencial gerenciar outras condições médicas e garantir que o paciente esteja recebendo a medicação adequada para prevenir futuros AVCs e tratar quaisquer complicações.

 

  • Educação e Suporte à Família: Envolver a família e os cuidadores no processo de reabilitação é crucial. Eles podem receber orientações sobre como apoiar o paciente em casa, entender as mudanças que podem ocorrer após um AVC e obter recursos para ajudar no cuidado contínuo.

O processo de reabilitação após um AVC pode variar significativamente de uma pessoa para outra, dependendo da gravidade do AVC, das áreas afetadas e de outros fatores individuais. A chave para uma recuperação bem-sucedida é a abordagem multidisciplinar e personalizada, adaptada às necessidades específicas de cada paciente. É importante iniciar a reabilitação o mais rápido possível após o AVC para maximizar as chances de recuperação funcional.

 

Membro superior com espasticidade limitando o movimento do cotovelo e do punho

 

Toxina botulínica no AVC

 

A toxina botulínica tem sido utilizada com sucesso no tratamento de alguns sintomas decorrentes de um acidente vascular cerebral (AVC). Um AVC pode resultar em uma série de complicações, incluindo espasticidade, distonia (contração muscular involuntária), contrações musculares anormais e dor, que podem afetar a qualidade de vida dos sobreviventes.

A toxina botulínica pode ser injetada diretamente nos músculos afetados para ajudar a reduzir a espasticidade, melhorar a mobilidade e aliviar a dor associada ao AVC. Algumas das condições que podem ser tratadas com toxina botulínica após um AVC incluem:

  • Espasticidade: É uma condição caracterizada por contrações musculares excessivas e involuntárias que podem dificultar o movimento. A toxina botulínica pode ser usada para relaxar os músculos comprometidos, melhorar a amplitude de movimento, facilitar a reabilitação e o uso de órtese.

 

  • Distonia: São distúrbios do movimento caracterizados por contrações musculares involuntárias que causam movimentos repetitivos e posturas anormais. A toxina botulínica pode ser usada para reduzir a gravidade dos espasmos musculares e corrigir posturas anormais.

 

  • Dor: A espasticidade e a distonia após um AVC podem causar dor crônica e desconforto. A toxina botulínica pode ajudar a aliviar a dor associada à tensão muscular excessiva.

A aplicação da toxina botulínica após um AVC geralmente é realizada por uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, incluindo médicos especializados em medicina física e reabilitação ou neurologistas. O tratamento é geralmente individualizado e baseado nas necessidades e objetivos específicos de cada paciente.

 

 

 

Compartilhe:

Agende sua consulta

Olá, eu sou o Neurologista:
Dr. Torben Cavalcante Bezerra!

Sobre as consultas:

As consultas são particulares, não atendendo nenhum plano de saúde ou convênio. Uma opção é a possibilidade de solicitar reembolso referente ao valor da consulta ou de procedimentos realizados.

Orientamos que busquem informações junto ao plano de saúde a respeito. As consultas particulares, em média, duram em torno de 1 hora, sendo possível uma avaliação tranquila. Os exames complementares podem ser realizados pelo plano de saúde, mesmo sendo um médico não conveniado.